sábado, 5 de maio de 2012

Era uma vez... parte 3 (final) - O sono dos mistérios

Para finalizar a seção "Era uma vez...", estamos aqui com a história d'A Bela Adormecida. A princesa que chamamos de Aurora, graças à Disney, tem fama de dorminhoca por passar meia vida dormindo "até que seja despertada pelo beijo do amor verdadeiro". Lembrando que ela foi "encantada" a dormir esse tempo todo porque os infelizes dos pais dela não convidaram a bruxa fofoqueira que adora uma boa farra pra festa de nascimento da princesa. Aí, (repetição d'A Branca de Neve), o príncipe chega, beija, ela acorda e pronto. Eles se casam e, óh, vivem felizes para sempre.
Não é bem assim.
Pra começar, os nossos queridos Irmãos Grimm fizeram o favor de fazer com que os pais da princesa sem nome convidassem DOZE FADAS, mas deixassem de lado uma. E sabem por que? Porque os infelizes dos reis só tinham doze conjuntos de talheres, pratos e copos dourados para as fadas e estavam pobres demais pra ir lá, levantar uma bufunfa e comprar um décimo terceiro conjunto dourado.
Aí, essa umazinha fez o favor de aparecer no meio da festa e baixar a pombajira. Ela amaldiçoa o bebê recém-nascido (e nem pra culpar os pais, né?), fazendo com que a menina chegue aos 16 anos e, ao tocar numa roca (não precisamente no fuso) ela cairia num sono mortal. Oh.
A menina chega aos dezesseis. Ao tocar numa roca de fiar, uma farpa entra debaixo da sua unha. O pai deixa o corpo da filha num quarto até que venha o tal do amor verdadeiro pra acorda-la. Só que a rainha veio a falecer. Anos e anos depois, quando todos abandonaram o castelo, a princesa continuou lá. Foi aí que cresceu a tal floresta de espinhos. Um príncipe do reino vizinho achou o castelo e se apaixonou pela princesa, e acabou visitando-a sempre que podia. E aí... o rei tava... passeando por ali, depois da morte da rainha... se sentindo muito sozinho, sabe como é... e achou a filha tão bonita! Tão parecida com a mãe! Preciso continuar? A coitada foi estuprada pelo pai e abandonada novamente. Só que ela ficou grávida. No fim dos nove meses de gestação, ela deu à luz a gêmeos (como ela é sortuda, não?). O príncipe por ela apaixonado encontrou ela acordada e com dois filhos pra criar.
O príncipe então levou a princesa (ainda sem nome) para o seu reino e se casou com ela, tomando por seus os filhos dela. O príncipe tinha uma mãe viúva, que tinha sangue de bruxa. Nisso, uma guerra se aproximou do reino. E, sem rei para representar sua pátria, o príncipe se viu obrigado a deixar a esposa e os filhos para ir à guerra. Durante esse tempo, a rainha tinha vontade de comer as crianças. Só que o seu mordomo era apegado às crianças e resolveu salvá-las. Quando a rainha lhe pediu para comer o menino, ele escondeu o menino em sua casa e lhe deu para o comer um bezerro. O mesmo, lhe fez com a menina, quando a rainha bruxa lhe pediu para comê-la. Até a própria princesa a rainha queria devorar. O mordomo a escondeu também, mas não tardou e logo a rainha bruxa descobriu tudo. Armou no pátio do palácio uma tina cheia de cobras, víboras e sapos. Ela, então, iria obrigar o mordomo, a princesa, o menino, a menina e a esposa do mordomo a se jogarem ali. Só que o príncipe chegou da guerra, e correu para salvá-los bem na hora. Assim que o viu chegando, a rainha bruxa se atirou na tina e foi devorada pelos bichos. Aí, o príncipe, a princesa e seus filhos puderam viver em paz (finalmente).
Que família feliz! (e a 13ª fada, ninguém falou mais né? Muahahhaha...)

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